terça-feira, 15 de junho de 2010

MUNDOS PARALELOS

Interpretação de muitos mundos
A Interpretação de muitos mundos (ou IMM) é uma interpretação da mecânica quântica que propõe a existência de múltiplos "universos paralelos". A IMM foi formulada inicialmente por Hugh Everett para a explicação de alguns processos não determinísticos (tais como medição) na mecânica quântica.
Embora varias versões de IMM tenham sido propostas desde o trabalho original de Everett, todas compartilham duas idéias chaves. A primeira delas é a existência de uma função estado para todo universo a qual obedece a equação de Schrödinger para todo tempo e para a qual não há processo de colapso da onda. A segunda idéia é que este estado universal é uma sobreposição quântica de vários, possivelmente infinitos, estados de idênticos universos paralelos não comunicantes.
As idéias da IMM originaram-se na tese de Ph. D. de Hugh Everett na Universidade de Princeton, mas a frase “muitos mundos” é devida a Bryce DeWitt, que posteriormente desenvolveu algumas das idéias presentes no trabalho original de Everett. A formulação de DeWitt tornou-se tão popular que muitos confundem-na com o trabalho original de Everett.
IMM é uma das muitas hipóteses multiverso na física e na filosofia.
Há uma ampla gama de pontos a serem considerados na interpretação de "muitos mundos". É freqüentemente salientado (veja a referencia a Barret) que Everett por si mesmo não estava inteiramente consciente do que ela significava. Além disso, popularmente tem-se usado freqüentemente a interpretação de muitos mundos para justificar afirmações a respeito do relacionamento entre a consciência e o mundo material. Fora destas interpretações new-age, interpretações do tipo "muitos mundos" são consideradas suficientemente coerentes.
Por exemplo, um a votação entre 72 físicos de destaque conduzida pelo pesquisador Americano David Raub em 1995 e publicada em um periódico Francês Sciences et Avenir em Janeiro de 1998 registrou que aproximadamente 60% acreditam que a interpretação de muitos mundos seja verdadeira. Max Tegmark (veja referencia para sua web page abaixo) também relata o resultado de uma pesquisa feita no Seminário de mecânica quântica de 1997. De acordo com Tegmark, "A interpretação de muitos mundo esta cotada em segundo lugar, confortavelmente a frente da histórias consistentes e interpretações de Bohm." Outras votações não cientificas tem sido feitas emoutros conferencias: veja por exemplo o blog de Michael Nielsen [1] o qual relata algumas destas votações. Porem o valor destas votações e um tanto discutível.
Um dos mais fortes defensores da Interpretação de muitos mundos é David Deutsch . De acordo com Deutsch o padrão de interferência observado com um único no experimento de dupla fenda, pode ser explicado pela interferência dos fotos nos múltiplos universos. Visto desta forma, o experimento de interferência de um único fóton é indistinguível de um experimento de vários fótons. De um ponto de vista mais prático, em um dos seus mais recentes papers de computação quântica (Deutsch 1985), ele sugere que o paralelismo que resulta da validade da IMM poderia conduzir a "um método pelo qual certas tarefas probabilísticas poderiam ser feitas mais rápidas por um computador quântico universal do que por qualquer um com restrições clássicas ".
Asher Peres foi um critico aberto a IMM, por exemplo em uma seção em seu livro texto de 1993 com o título Interpretação de Everett e outras teorias bizarras . De fato, Peres questiona se MWI é realmente uma "interpretação" ou mesmo se interpretações da mecânica quântica são mesmo necessárias. Alem disso, a interpretação de muitos mundos pode ser considerada como meramente uma transformação formal, a qual não adiciona nenhuma regra instrumentalista (i.e. estatístico) à mecânica quântica. Talvez o mais significativo, Peres parece sugerir a crença da existência de um número infinito de universos não-comunicantes somente piora o problema que se supõem tentar resolver.
IMM é considerada por alguns como sendo não testável, porque os múltiplos universos paralelos são não comunicáveis no sentido que informação não pode passar entre eles. Alem disso, como também foi salientado (por exemplo, por Peres) que votações de "aprovação" tais como as mencionadas acima não podem ser usadas como evidência da correção ou não de uma teoria em particular.
A interpretação de muitos mundos (e o conceito relacionado dos mundos possíveis) tem sido associado com diversos temas na literatura, arte e ficção científica.
Outro tipo da visão popular da divisão em muitos mundos, a qual não envolve fluxo de informações entre os caminhos ou informação fluindo para traz no tempo considera finais alternativos para eventos históricos. Do ponto de vista da física quântica, estas histórias são incorretas por pelo menos dois motivos:
Não há nada que relacione a mecânica quântica com a descrição dos desdobramentos de eventos históricos. De fato, este tipo de analise baseada em casos é uma técnica comum no planejamento é pode ser analisada quantitativamente pela probabilidade clássica.
O uso de eventos históricos é uma forma complicada para introdução a teoria quântica já que se geralmente se considera ser este assunto externo a ela, especialmente a questão da natureza da escolha individual.

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